Se sapatos não existissem, no mundo de hoje, as pessoas iriam se preocupar muito mais com por onde pisam. A textura do chão seria importante. Ninguém quer pisar em concreto duro e áspero. Quem sabe tivesse mais grama, bem cuidada, macia, agradável ao toque. Algo em que todos gostariam de pisar e caminhar sobre.
Teve uma pesquisa que dizia que o tato é subvalorizado. É sabido que cores, imagens e sons afetam nossas emoções e estados mentais. Um sabor agradável também. Aromas despertam sensações e memórias... Mas e o tato? Na pesquisa, descobriu-se que uma pessoa que segura um objeto duro e pesado fica mais propensa a refletir sobre decisões sérias. Uma pessoa sentada numa cadeira macia se torna mais afável e aberta às opiniões alheias numa reunião.
Às vezes, é preciso se afastar, para adquirir perspectiva. E quando você pisa numa grama fresquinha, e consegue ouvir os passarinhos conversando, e consegue ver o horizonte, você descobre que era apenas isto que estava faltando. Percebemos o mundo através dos sentidos, que nos causam sensações internas. A aparência das coisas não é insignificante. Nosso estado emocional e mental são afetados por tudo isso e são eles que guiam nossas ações no mundo.
E ninguém jogaria lixo no chão também, porque ninguém quer pisar descalço em lixo.
Todo mundo ia recolher devidamente os cocôs de seus cachorros.
Nós nos acostumamos com a falta de vida, de prazer, do som e da aparência que as coisas vivas têm. O simples prazer de estar cercado de boas sensações. Bons sons, boas cores, boas imagens, boas texturas, bons perfumes. As coisas que nos fazem sentir vivos, coisa de que já esquecemos como é - sentir-se cheio de vida. Tudo isso foi negligenciado em nossos próprios ninhos. Criamos, nada inteligentemente, ninhos de concreto. E tentamos cobrir esses ninhos duros e quadrados com alguma espécie de conforto, tornamo-os grandes e espaçosos, primamos pelo design, por objetos caros de decoração, entretenimento eletrônico.
Enquanto isso, lá fora, as boas sensações que realmente tocam nosso espírito são totalmente de graça. E tudo que fazemos é afastá-las cada vez mais.
Depois de ler isso é impossível esquecer o pq de vc ser minha irmã e de eu te amar tanto
ResponderExcluirOu teríamos pelos no pé. Como Hobbits, da raça Péspeludos.
ResponderExcluirQuantas pessoas chegaram ao final do post sem parar para olhar as fotos?
ResponderExcluirFotos lindas!!!
ResponderExcluir(texto também)
Texto muito bom, me fez lembrar dessa foto http://ow.ly/3U3KG do quintal de casa, parabéns.
ResponderExcluirBela sensibilidade. :)
ResponderExcluirAww.. Fada.... q texto mais todolindo :) Tinha q vir de vc né? :*
ResponderExcluirQue lindo!
ResponderExcluirEu mesma adoro andar descalça.
Davi_M, o link que vc colou não está funcionando! =(
ResponderExcluirO pensamento caminha onde o pé pisa.
ResponderExcluirPassei ontem por aqui e li td o texto. Achei lindo e verdadeiro, com fotos boas de se respirar! Mas não soube o que comentar (tbm não dou conta). Tenho andado pouco descalça... e ainda assim sinto o chão duro e frio. Sabe quando vc sente q algo precisa morrer com urgência dentro de vc pra q VC possa sobreviver? Ainda nessa fase.
ResponderExcluirAmei saber q de alguma forma vc sente aquilo tudo com minhas coisinhas. Suas palavras e imagens alimentaram mta coisa boa dentro de mim desde que te conheci! =]
bjo!
Seu texto me deu vários cliques. Bastante coisa pra pensar...!
ResponderExcluirBjo!
linda reflexão...
ResponderExcluirTeríamos pés como os dos índios. Hobbits tem pelos no peito do pé e não na sola! ;P
ResponderExcluirVixe! Desculpe, falha minha, segue direto para o tuítepíque: http://twitpic.com/3rjxmi =]
ResponderExcluirEu sempre me preocupei muito com o tato, com as texturas, maciez e coisas do tipo. É engraçado que as pessoas me olham com uma cara de "essa menina é doida", porque quase ninguém é sensível a essas coisas. Adorei o seu post. =)
ResponderExcluir